domingo, 9 de agosto de 2009

Hugo Chávez e Venezuela, uma relação paradoxal!

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Em 1998, depois de anos regido por poderes conservadores direitistas, a Venezuela elegia um homem que, com sua alta popularidade, revolucionaria as condutas políticas internas e externas até então vigentes no país.
Hugo Chavéz representa a chegada de um poder nacionalista, que se aproxima dos outros países da América do Sul propondo união e rompe incisivamente suas relações com os Estados Unidos, país historicamente aliado da Venezuela. Seu estilo informal e direto é bem diferente do tradicional perfil de seus antecessores. Mas sua ambiciosa proposta depende da eliminação de dois inimigos, um interno: a imprensa, e outro externo: os Estados Unidos da América.
O governo de Chávez é paradoxal. O líder chegou ao poder eleito pelo povo, com uma proposta socialista, idealizando um futuro onde todos os venezuelanos pudessem ter condições dignas de vida. Para isso tomou medidas como Lei de Terras e Desenvolvimento Agrário, que previa a expropriação de terras latifundiárias. Além dessas, outras propostas eram feitas a fim de que economia do país prosperasse, através da elevação do preço do petróleo que é maior riqueza do país. Para tal promulgou a Lei de Hidrocarbonetos, que fixava a participação do Estado no setor petrolífero em 51%.
Por outro lado, ele tem tomado atitudes que demonstram sua intolerância com a oposição, tirando a liberdade de imprensa e de expressão no país. A estratégia nesse caso é eliminar a sua maior inimiga interna: a imprensa. Chávez criou em 2007 uma rede de televisão estatal que procura o apoio de 100% da população, através da forte propaganda a favor de seu governo. Além disso, o ditador fechou autoritariamente a principal rede de televisão do país, pois a mesma acusava o presidente de querer tornar a Venezuela um país comunista. Atitudes como essa revelam um lado autoritário do líder venezuelano, algo que não condiz com sua proposta de união entre países da América do Sul, pois com autoritarismo já está provado que não se criam melhores condições de vida para o povo em nenhuma circunstância.
Nesse contexto, após onze anos de governo “Chavista”, temos a Venezuela como um país mais atuante no cenário internacional, com uma economia que cresce consideravelmente, mas ainda não conseguiu superar a pobreza e miséria de seu povo. O mito Hugo Chávez promete ainda mudar essa situação, mas se isso acontecerá um dia só o tempo dirá.